DATAÇÕES POR CARBONO 14
Você
já deve ter visto ou lido notícias sobre artefatos antigos fascinantes: em uma
escavação arqueológica, um pedaço de ferramenta feita de madeira é encontrado e
o arqueólogo descobre que ele tem 5 mil anos de idade. A múmia de uma criança é
encontrada no alto dos Andes e um arqueólogo diz que a criança viveu há mais de
2 mil anos. Mas como os cientistas sabem a idade de um objeto ou de restos
humanos?
Que
métodos eles usam e como é que esses métodos funcionam?
Neste
artigo, vamos examinar o método na datação
por carbono 14 pelos quais os cientistas usam a radioatividade para determinar a
idade dos objetos. A datação por carbono 14 é uma maneira de determinar a idade de certos
artefatos arqueológicos de origem biológica com até 70 mil anos. Ela é usada
para datar objetos como ossos, tecidos, madeira e fibras de plantas usadas em
atividades humanas no passado relativamente recente.

A TÉCNICA DE DATAÇÃO
A técnica de
datação por carbono-14 foi descoberta nos anos
qu
Libby, que
era químico, utilizou em 1947 um contador Geiger para
medir a radioatividade do C-14 existente em vários objetos. Este é um isótopo
radioativo instável, que decai a um ritmo
perfeitamente mensurável a partir da morte de um
organismo vivo. Libby usou objetos de idade conhecida (respaldada por
documentos históricos), e comparou esta com os resultados de sua radiodatação. Os diferentes testes realizados demonstraram a
viabilidade do método até cerca de 70 mil anos.
Muitos
compostos químicos feitos pelo homem são feitos de combustíveis fósseis, tais
como o petróleo ou carvão mineral, na qual o carbono 14 deveria ter decaído
significativamente ao longo do tempo. Entretanto, tais depósitos frequentemente
contêm traços de carbono 14.
DATANDO UM FÓSSIL
Assim que um
organismo morre, ele para de absorver novos átomos de carbono. A relação de
carbono 12 por carbono 14 no momento da morte é a mesma que nos outros
organismos vivos, mas o carbono 14 continua a decair e não é mais reposto. Numa
amostra a meia-vida do carbono 14 é de 5.700 anos, enquanto a quantidade de
carbono 12, por outro lado, permanece constante. Ao olhar a relação entre
carbono 12 e carbono 14 na amostra e compará-la com a relação em um ser vivo, é
possível determinar a idade de algo que viveu em tempos passados de forma
bastante precisa.
Por exemplo, se tivermos uma amostra de madeira tirada de uma
árvore que morreu há muito tempo, comparamos a proporção de C-14 nessa madeira
com a proporção de C-14 em árvores vivas e, usando um gráfico exponencial
saberemos quantos anos se passaram desde que a árvore morreu. Na verdade, o
método de Libby não consiste em contar diretamente quantos átomos de C-14
permanecem na amostra, mas em vez disso medir a radioatividade da amostra.
Referências:
mundoestranho.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário